Até ao momento não foram recebidos pedidos de apoio por parte dos trabalhadores da empresa de transporte marítimo (Gabinete de Comunicação Social)

O secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, afirmou, hoje (16 de Janeiro), que depois de receber a informação sobre a redução salarial dos trabalhadores de uma empresa de transporte marítimo de passageiros, deu imediatamente instruções à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) para se inteirar e acompanhar, de forma activa, a situação junto da respectiva empresa. No entanto, avançou que, até ao momento, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) não recebeu qualquer pedido de assistência.

Esta tarde, no final da participação num evento público, ao ser questionado pela comunicação social, Lei Wai Nong disse que qualquer empresa, que chegue a acordo com os trabalhadores sobre uma redução salarial, deve seguir o estipulado na Lei das Relações de Trabalho, ou seja, está obrigada a comunicar o facto à DSAL no prazo de dez dias, sob pena do acordo não produzir efeitos. O secretário também salientou que a empresa de transporte marítimo de passageiros em questão deve garantir o emprego dos trabalhadores de Macau, dando-lhes sempre prioridade. E deixou ainda um apelo aos trabalhadores para que, se necessário, recorram à ajuda à DSAL e garantiu que o governo vai continuar atento e acompanhar de perto a evolução da situação.

Respondendo à pergunta se está preocupado com um possível contágio desta situação de cortes salariais a outros sectores ligados à área do turismo, Lei Wai Nong recusou-se a fazer especulações com base num caso isolado e assegurou que as políticas do Governo da RAEM irão dar resposta à alterações do mercado e na conjuntura externa. O responsável disse ainda o governo vai continuar a observar calmamente as mudanças, porém, lembrou que, no período mais favorável, se deve fazer uma preparação adequada para uma eventual crise.

Relativamente a uma eventual redução do número de turistas em Macau, previsto para o corrente ano, e sobre as medidas de resposta para a área da economia, Lei Wai Nong admitiu que haverá certamente mudanças na conjuntura externa, acompanhada por ciclos económicos cada vez mais curtos, que tornarão as flutuações usuais. Por isso, fez o apelo a uma adaptação à nova realidade e à união de todos para enfrentar essas alterações. Observando que ainda decorre o primeiro mês do ano, o secretário garantiu que o governo continuará a acompanhar de perto a situação económica do exterior e os vários trabalhos de cooperação regional, com destaque para o reforço da cooperação com Henqin (Ilha da Montanha). E considerou o problema de falta de espaço limitou sempre os trabalhos de desenvolvimento de Macau e dos assuntos ligados à vida da população, pelo que são duas áreas que, futuramente, terão oportunidade de crescer com a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. O responsável indicou estar já em contacto com o Governo Central para a elaboração de um planeamento global.

Quanto ao eventual impacto dos acontecimentos de Hong Kong em Macau, Lei Wai Nong disse esperar que a crise na cidade vizinha termine o mais depressa possível, acreditando que depois da tempestade surgirá o arco-íris. No entanto, ressalvou que o Governo da RAEM continuará a seguir de perto o desenrolar da situação naquela região. Por outro lado, o secretário demonstrou-se particularmente atento à situação das PME e, assim sendo, prepara-se para anunciar medidas concretas, em Abril, aquando da apresentação da Linhas de Acção Governativa.

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