Informações referentes aos rendimentos dos investimentos da Reserva Financeira da RAEM do ano 2021 (Autoridade Monetária de Macau)

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Informações referentes aos rendimentos dos investimentos da Reserva Financeira da RAEM do ano 2021

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Informações referentes aos rendimentos dos investimentos da Reserva Financeira da RAEM do ano 2021

Em 2021, a Reserva Financeira da Região Administrativa Especial de Macau norteou-se pelo princípio da prudência em matéria da gestão dos investimentos, tendo registado rendimentos dos investimentos na ordem de 14,74 mil milhões de patacas (MOP), o que correspondeu a uma rentabilidade anual de 2,3%. Nos últimos cinco anos, a rentabilidade anual média da Reserva Financeira situou-se em 3,5%, enquanto que a média da taxa de inflação anual foi de 1,6%, em comparação com o período homólogo.

Até finais de 2021, o valor dos capitais da Reserva Financeira ascendeu a MOP643,17 mil milhões, dos quais a reserva básica representava MOP139,08 mil milhões e a reserva extraordinária MOP504,09 mil milhões.

Flutuação constante dos mercados financeiros globais

Em 2021, a economia mundial encontrou-se em fase de recuperação, contudo, devido à ameaça causada pela emergência do variante do novo tipo de coronavírus, a cadeia de abastecimento sofreu impactos negativos, levando a preocupações no que se refere ao aumento da inflação. Neste contexto, os mercados financeiros globais testemunharam uma flutuação contínua. Em termos da gestão dos investimentos, a Reserva Financeira tomou uma atitude prudente, com o objectivo de equilibrar os riscos e os investimentos. Relativamente à afectação dos activos, destacou-se, no primeiro semestre do ano passado, a alocação dos activos nos depósitos no mercado monetário, que têm uma natureza mais segura e flexível, enquanto que aumentou, no segundo semestre, de forma faseada, a proporção de activos de “equity” e de títulos, da gestão externa, com vista a procurar obter rendimentos estáveis dos investimentos, numa circunstância em que os mercados estão com uma taxa de juros quase zero.

No domínio dos activos de “equity”, verificou-se um desempenho excelente das acções nos mercados americanos, tendo batendo, por várias vezes, recordes históricos. No entanto, os mercados de acções “A” e os mercados bolsistas dos países emergentes registaram quedas de diversas magnitudes, o que afectou os rendimentos do investimento em “equity”. Ainda assim, conseguiu-se obter um rendimento razoável, em geral.

No capítulo dos investimentos em títulos, a Reserva Financeira procedeu, de forma activa, ao ajustamento da proporção dos vários tipos de títulos, de forma a optimizar os rendimentos previstos dessa carteira. Para o efeito, reforçou-se a percentagem dos títulos em RMB “inshore”, que se caracterizam por uma taxa de juros mais elevada, e da carteira de títulos globais através de adjudicação, bem como dando continuidade ao investimento nos títulos em USD de boa qualidade.

No âmbito dos depósitos no mercado monetário, em articulação com a implementação das políticas relativas às finanças da RAEM, estes devem manter num nível de liquidez suficiente, no sentido de permitir a mobilização dos fundos, de montante significativo, por causa do surgimento do défice orçamental. Entretanto, não se verificou qualquer flutuação respeitante à avaliação desses depósitos, os quais geriram certas receitas de juros para a Reserva Financeira, numa situação em que a taxa de juros está muita reduzida. Paralelamente, beneficiando do fortalecimento anual constante do USD e do RMB, a reavaliação cambial registou proveitos líquidos, após a redução das despesas com a cobertura (despesas de “hedge”) decorrentes do controlo dos riscos cambiais.

Tentativa do aumento de rendimentos a médio e longo prazo

Perspectivando o ano de 2022, prevê-se que existam ainda incertezas nos mercados financeiros globais. Perante a continuação da epidemia do novo tipo de coronavírus e a elevada taxa da inflação, serão implementadas medidas de contracção nas políticas monetárias pelos bancos centrais de todos os países, afectando-se, assim, o ritmo do crescimento da economia. A par disso, as tensões geopolíticas entre determinados países agravaram-se, o que aumenta a incerteza do investimento, causando, desta forma, flutuações fortes do valor dos activos a curto prazo.

Num ambiente dos mercados que assente numa complexidade e mudança constantes, a Reserva Financeira continuará a optimizar a alocação de activos, a fim de equilibrar os riscos e os rendimentos, combinando, ainda, com aconselhamento profissional da empresa de consultoria de investimento internacional da gestão externa, de modo a reforçar os rendimentos a médio e longo prazo através da implementação de medidas prudentes.