Resultados do inquérito às necessidades de mão-de-obra e às remunerações referentes ao 3º trimestre de 2022 (Direcção dos Serviços de Estatística e Censos)

A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao terceiro trimestre de 2022. O âmbito estatístico do inquérito deste trimestre engloba as “indústrias transformadoras”, a “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, os “hotéis”, os “restaurantes e similares”, as “creches” e os “serviços de idosos”.

No fim do terceiro trimestre de 2022 laboravam nos “hotéis” 44.219 trabalhadores a tempo completo, menos 8,5%, em relação ao fim do trimestre homólogo de 2021. Em Setembro do corrente ano a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) destes trabalhadores cifrou-se em 18.600 Patacas, correspondendo a um decréscimo de 3,3%, em comparação com Março de 2022 e a um aumento ligeiro de 0,5%, em termos anuais.

Os “restaurantes e similares” empregavam 22.658 trabalhadores a tempo completo (-3,7%, em termos anuais) e a remuneração média foi de 9.700 Patacas (-1,1%).

Nas “indústrias transformadoras” laboravam 8.058 trabalhadores a tempo completo (-4,6%, em termos anuais), que tinham uma remuneração média de 11.820 Patacas (-0,9%). Havia na “produção e distribuição de electricidade, gás e água” 1.082 trabalhadores a tempo completo, menos 2,6%, em termos anuais e a remuneração média cifrou-se em 31.730 Patacas, ascendendo tenuemente 0,2%.

Nas “creches” existiam 1.509 trabalhadores a tempo completo (-1,9%, em termos anuais), que tinham uma remuneração média de 16.400 Patacas (+1,9%). Havia nos “serviços de idosos” 1.314 trabalhadores a tempo completo (+10,2%, em termos anuais) e a remuneração média  fixou-se em 16.060 Patacas (+1,8%).

No fim do terceiro trimestre deste ano as vagas nos “restaurantes e similares” (1.028) e nos “hotéis” (422) diminuíram 125 e 343, respectivamente, em termos anuais. Por seu turno, o domínio do mandarim e o do inglês eram exigidos em 87,4% e 51,4% das vagas dos “hotéis”, respectivamente.

Durante o trimestre de referência, nos “hotéis” a taxa de vagas (0,9%) e a taxa de recrutamento de trabalhadores (1,8%) caíram 0,7 e 2,5 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais. Nos “restaurantes e similares” a taxa de vagas (4,3%) e a taxa de recrutamento de trabalhadores (4,5%) também caíram 0,4 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente. Estes indicadores reflectem que a procura de mão-de-obra por estes ramos de actividade económica diminuiu.

Nos ramos de actividade económica inquiridos, 214.422 participantes frequentaram cursos de formação fornecidos pelos estabelecimentos (nomeadamente, cursos organizados pelos estabelecimentos, realizados em conjunto com outras instituições ou subsidiados pelos estabelecimentos) durante o terceiro trimestre do corrente ano, menos 42,8%, em termos anuais. Refira-se que o número de participantes dos “hotéis” em cursos de formação atingiu 210.565 e que a maioria destes formandos (55,3%) frequentou cursos de “comércio e gestão”, seguindo-se os formandos dos cursos de “serviços” (29,7%). A maior parte dos formandos dos “hotéis” frequentou cursos durante as horas de expediente. No que concerne ao pagamento da formação, os estabelecimentos dos ramos dos “hotéis” e dos “restaurantes e similares” pagaram os encargos de 99,8% e 95,8% dos formandos, respectivamente.

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