O Secretário para a Economia e Finanças, Leong Vai Tac, teve, há dia, um encontro com representantes provenientes dos 14 organismos juvenis, no sentido de trocar ideias com os mesmos em torno dos diversos temas, nomeadamente o aperfeiçoamento do Plano de Apoio a Jovens Empreendedores, a criação de negócios e o emprego dos jovens, a forma de cooperação entre o Governo e as associações civis para ajudar os jovens a realizarem os seus sonhos de criação do primeiro negócio e planearem bem a sua carreira profissional.

Durante o encontro, o Secretário Leong Vai Tac afirmou que os jovens representam os principais pilares da sociedade no futuro, pelo que o Governo da RAEM está muito atento aos assuntos dos jovens no âmbito de criação de negócios e do emprego, salientando que os organismos juvenis têm desempenhado um papel muito importante no contacto directo com os jovens, esperando, por isso mesmo, que, através desses organismos, possam ser conhecidas as ideias e os problemas deles acerca da criação de negócios e do emprego, permitindo, assim, que as políticas e medidas da respectiva área a definir e a implementar no futuro possam ser respondidas ainda mais às necessidades concretas dos mesmos. Em simultâneo, o Secretário manifestou desejo de obter, junto dos representantes, sugestões sobre o melhoramento do Plano de Apoio a Jovens Empreendedores, atendendo à sua implementação há um certo período do tempo.

Os representantes presentes efectuaram um debate interactivo em torno das matérias sobre as ideias dos jovens em criar os seus primeiros negócios, a forma de pôr em execução esses sonhos, etc., concordando, geralmente, que o Plano de Apoio a Jovens Empreendedores visa apoiar os jovens que tenham planos de criar negócios na realização dos seus sonhos, atenuando a pressão sofrida durante a fase preparatória da constituição da sua empresa devida à falta de recursos financeiros. Houve ainda representantes que exprimiram que, para realizarem os sonhos de criação de negócios, os jovens necessitam de saber, em primeiro lugar, as condições financeiras de que dispõe e a capacidade de resposta aos riscos inerentes a investimentos, e, depois, precisam de conhecer em pormenor as perspectivas do desenvolvimentos do mercado, nomeadamente das actividades que pretendam investir, efectuando ainda uma reflexão global sobre esses aspectos antes de tomada quaisquer decisões finais.

No decurso do encontro, alguns representantes manifestaram preocupações com a baixa taxa de sucesso no âmbito de criação de negócios por parte dos jovens, sugerindo que seja diligenciado para compilar todos os dados existentes, actualmente e de forma dispersa, nos diversos serviços públicos e associações civis locais, procedendo a um levantamento dos casos de sucesso e de fracasso relativos aos jovens na constituição das suas actividades empresariais, e, depois, promovendo a partilha dos mesmos entre os jovens interessados em criar os seus próprios negócios, no sentido de os ajudar a elevar a probabilidade de sucesso nas actividades exploradas, mediante retiradas as experiências favorável e desfavorável desses casos. Salientaram ainda que, na concepção dos seus planos de investimento empresarial, os jovens, para além de terem que fazer uma profunda análise dos riscos inerentes às perspectivas do mercado e das actividades que pretendam explorar, precisam ainda de conhecer as normas legais respeitantes à constituição de empresas e respectivos procedimentos administrativos, definindo o orçamento financeiro e o plano operacional, efectuando ainda uma avaliação e estimativa global acerca dos recursos financeiro e humano necessários para a operação empresarial.

Os representantes presentes fizeram votos de que o Governo e as associações civis possam, de mãos dadas, facultar apoio aos jovens que planeiem criar os seus próprios negócios, disponibilizando-lhes serviços de consultadoria complementares que abrangem, entre outros, formação sobre a constituição de empresas, permitindo aos jovens empreendedores terem conhecimentos jurídico e financeiro sobre esta matéria; criação do “médico empresarial” para ajudar os jovens a fazerem face aos problemas decorrentes da exploração das suas actividades; reforço da cooperação entre os organismos locais e os no exterior, convidando os formadores com ricas experiências práticas para, através de uma metodologia de “ensino e monitoramento”, ajudar os jovens empreendedores a dominarem as técnicas de operação empresarial. Os mesmos desejaram ainda que sejam aperfeiçoados, por parte do Governo, os actuais trabalhos promocionais das medidas de apoio às empresas, solicitando que se utilizem formas mais simplificadas, tais como, através dos novos médias para que os jovens empreendedores possam ter acesso, com mais facilidades, às informações daquelas medidas.

Por outro lado, atendendo à escalada das rendas das lojas comerciais verificada nos últimos anos e à subida substancial dos custos operacionais, foi proposta, por parte dos representantes presentes, a cooperação entre o Governo e os construtores imobiliários dos bairros antigos na oferta de benefícios em termos de rendas, incentivando os construtores imobiliários a disponibilizarem espaços comerciais para servirem de centros de incubação e desenvolvimento empresarial a favor dos jovens, permitindo-lhes o uso desses espaços num determinado período do tempo, através de uma renda mais reduzida, o que, para além de poder ajudar a revitalizar os bairros antigos, formando um efeito de congregação, contribuirá também para atrair mais cidadãos e turistas a deslocarem-se a esses locais para efeitos de consumo, aumentando, assim, a probabilidade do sucesso empresarial.

O Secretário Leong Vai Tac concordou com as opiniões apresentadas pelos representantes presentes, afirmando que os serviços competentes irão executar, de melhor forma, os trabalhos de acompanhamento, esperando, ao mesmo tempo, que, os organismos desenvolvam melhor as suas próprias funções, prestando, em conjunto, empenhos em ajudar os jovens a desenvolverem-se em quadros qualificados, particularmente apoiando-os a acertarem na escolha profissional e das actividades comerciais a criar.

No encontro, estiveram também presentes a Chefe do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, Lok Kit Sim, o Director dos Serviços de Economia, Sou Tim Peng, e assessores do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças.